Transplante de medula cura paciente com Aids
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18122010
Transplante de medula cura paciente com Aids
Um americano de 42 anos parece ter sido o primeiro caso de cura da Aids
desde o início da epidemia que, só no ano passado, matou 1,8 milhão no
mundo, segundo a OMS. Timothy Ray Brown, que além do HIV tinha leucemia,
foi submetido a um transplante de medula óssea em 2007. Desde então, o
americano não tem nenhum sinal de que um dia teve Aids.
“Mais de três anos após o transplante, o paciente não tem HIV no sangue
e nem mesmo os anticorpos para o vírus. É como se ele nunca tivesse
Aids”, explica o médico Érico Arruda, vice-presidente da Sociedade
Brasileira de Infectologia.
No transplante, realizado em 2007, Timothy recebeu células-tronco de um
doador que tem uma mutação genética que o torna resistente ao vírus.
Quando a medula implantada passou a funcionar e produzir as células
sanguíneas no organismo de Timothy, ele passou a ter a mesma resistência
ao HIV.
“As células de defesa do doador não tinham um receptor CCR5, que
permite que o HIV entre nas células. Após o transplante, o paciente
passou a ter a mesma condição. Mesmo sem tomar medicação contra o HIV, o
vírus não voltou. É um sinal de que provavelmente ele está curado e
isso pode apontar caminhos importantes”, diz Érico.
Assessor do Ministério da Saúde, Ronaldo Hallal diz que o caso do
“paciente de Berilm”, como Timothy é conhecido, “sinaliza uma
possibilidade futura, mas é preciso tempo” para assegurar que houve a
cura. Cientistas estão otimistas, mas lembram que a técnica não pode ser
usada em massa devido a dificuldades — como ter doadores compatíveis e
imunes, além do risco do transplante.
Notícia levou esperança a pacientes soropositivos
A possibilidade de cura da Aids — ainda que sem prazo definido —
aumentou as esperanças de portadores da doença. O ativista Cazu Barroz,
que convive com o HIV há 21 anos, acredita que a experiência pode
significar mais um avanço para que pesquisadores concentrem-se em
encontrar não só a cura para o HIV, mas uma forma de minimizar os danos
da doença.
“Li profundamente esse estudo e fiquei feliz com as conclusões, apesar
de ainda serem necessários mais estudos. Esses avanços científicos fazem
com que eu acredite que em 10 anos tenhamos medicamentos que possam,
pelo menos, tornar a Aids uma doença crônica”.
A coordenadora do grupo Pela Vidda, Mara Moreira, comemorou a notícia, mas ressaltou que é preciso ter cautela.
“As pessoas não podem banalizar a doença, achar que tem cura e parar de
se prevenir. Vemos esse anúncio dos cientistas com muita cautela. Por
enquanto, a única arma eficiente e segura que temos é o preservativo. O
resto ainda está em fase de estudos”, afirmou Mara.
desde o início da epidemia que, só no ano passado, matou 1,8 milhão no
mundo, segundo a OMS. Timothy Ray Brown, que além do HIV tinha leucemia,
foi submetido a um transplante de medula óssea em 2007. Desde então, o
americano não tem nenhum sinal de que um dia teve Aids.
“Mais de três anos após o transplante, o paciente não tem HIV no sangue
e nem mesmo os anticorpos para o vírus. É como se ele nunca tivesse
Aids”, explica o médico Érico Arruda, vice-presidente da Sociedade
Brasileira de Infectologia.
No transplante, realizado em 2007, Timothy recebeu células-tronco de um
doador que tem uma mutação genética que o torna resistente ao vírus.
Quando a medula implantada passou a funcionar e produzir as células
sanguíneas no organismo de Timothy, ele passou a ter a mesma resistência
ao HIV.
“As células de defesa do doador não tinham um receptor CCR5, que
permite que o HIV entre nas células. Após o transplante, o paciente
passou a ter a mesma condição. Mesmo sem tomar medicação contra o HIV, o
vírus não voltou. É um sinal de que provavelmente ele está curado e
isso pode apontar caminhos importantes”, diz Érico.
Assessor do Ministério da Saúde, Ronaldo Hallal diz que o caso do
“paciente de Berilm”, como Timothy é conhecido, “sinaliza uma
possibilidade futura, mas é preciso tempo” para assegurar que houve a
cura. Cientistas estão otimistas, mas lembram que a técnica não pode ser
usada em massa devido a dificuldades — como ter doadores compatíveis e
imunes, além do risco do transplante.
Notícia levou esperança a pacientes soropositivos
A possibilidade de cura da Aids — ainda que sem prazo definido —
aumentou as esperanças de portadores da doença. O ativista Cazu Barroz,
que convive com o HIV há 21 anos, acredita que a experiência pode
significar mais um avanço para que pesquisadores concentrem-se em
encontrar não só a cura para o HIV, mas uma forma de minimizar os danos
da doença.
“Li profundamente esse estudo e fiquei feliz com as conclusões, apesar
de ainda serem necessários mais estudos. Esses avanços científicos fazem
com que eu acredite que em 10 anos tenhamos medicamentos que possam,
pelo menos, tornar a Aids uma doença crônica”.
A coordenadora do grupo Pela Vidda, Mara Moreira, comemorou a notícia, mas ressaltou que é preciso ter cautela.
“As pessoas não podem banalizar a doença, achar que tem cura e parar de
se prevenir. Vemos esse anúncio dos cientistas com muita cautela. Por
enquanto, a única arma eficiente e segura que temos é o preservativo. O
resto ainda está em fase de estudos”, afirmou Mara.
Transplante de medula cura paciente com Aids :: Comentários
Re: Transplante de medula cura paciente com Aids
Essa noticia que é ótima, imagine o "primeiro" caso de cura, desta doença tão devastadora, pode ter um impacto diferente do esperado em algumas populações.
Se é dificil fazer com que as pessoas entendam que a AIDS é sexualmente transmissível e que o uso de camisinha é "O" meio possível para evitar a contaminação, agora com a possibilidade de CURA num futuro sei lá de medio prazo talvéz, é possivel que usem ainda menos o preservativo.
Vejo muito trabalho de educação principalmente na atenção primária.
Arregacemos as mangas meninas
Beijos
Se é dificil fazer com que as pessoas entendam que a AIDS é sexualmente transmissível e que o uso de camisinha é "O" meio possível para evitar a contaminação, agora com a possibilidade de CURA num futuro sei lá de medio prazo talvéz, é possivel que usem ainda menos o preservativo.
Vejo muito trabalho de educação principalmente na atenção primária.
Arregacemos as mangas meninas
Beijos
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