Sem dinheiro, hospitais do SUS estão à beira de apagão
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21122010
Sem dinheiro, hospitais do SUS estão à beira de apagão
Como
se não bastasse a precariedade habitual do Sistema Único de Saúde
(SUS), o atraso no repasse da verba mensal para o setor, pelo governo
federal, pode piorar ainda mais a situação de quem depende do serviço
público de saúde. Hospitais da rede ou conveniados estão à beira de um
"apagão" por causa de um atraso no repasse das verbas necessárias para
compra de medicamentos, materiais médico-hospitalares e pagamento de
funcionários. Até ontem, o dinheiro - R$ 2,5 bilhões para todo país -
não havia caído na conta dos Estados e dos hospitais que recebem
diretamente o valor. O prazo era o quinto dia útil de dezembro.
Em Minas, R$ 58 milhões esperados para custear serviços médicos de
média e alta complexidade de 794 municípios não foram depositados pelo
Ministério da Saúde. "Até agora não recebemos o repasse do mês. Esse
dinheiro paga as internações, os procedimentos ambulatoriais, compra de
materiais, medicamentos e alimentos, e 76 hospitais já estão em risco de
transtorno por falta da verba", alertou a superintendente de Regulação
da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Vânia Drummond.
As outras 59 cidades do Estado, incluindo a capital, são autônomas na
gestão da verba e também esperam a verba que recebem diretamente do
Ministério da Saúde. Belo Horizonte depende dos R$ 57 milhões da União
para dar continuidade ao funcionamento de todos os programas públicos de
saúde.
O motivo do atraso, segundo a assessoria do ministério, é a
espera pela aprovação de um decreto que acrescenta R$ 500 milhões aos R$
2 bilhões já garantidos para o SUS, totalizando, assim, os R$ 2,5
bilhões. "Ou a Fazenda libera tudo ou não libera nada", explicou a
assessoria.
"Qualquer atraso nos atrapalha muito, principalmente na aquisição dos
medicamentos, pois não trabalhamos com estoque. Trabalhamos com
reposição mensal", explicou a médica Luciana Gouveia Viana, diretora
clínica do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais
(UFMG), instituição que, por mês, recebe da União cerca de R$ 7,5
milhões.
A assessora técnica da Associação dos Hospitais de Minas Gerais,
Gianni Lara, disse que hoje notificará formalmente a União pelo atraso,
exigindo providências em 24 horas. "Já encaminhamos ofício para Brasília
pedindo o repasse urgente da verba pa
ra todo o Brasil. Sem dinheiro, os
hospitais não podem funcionar".
se não bastasse a precariedade habitual do Sistema Único de Saúde
(SUS), o atraso no repasse da verba mensal para o setor, pelo governo
federal, pode piorar ainda mais a situação de quem depende do serviço
público de saúde. Hospitais da rede ou conveniados estão à beira de um
"apagão" por causa de um atraso no repasse das verbas necessárias para
compra de medicamentos, materiais médico-hospitalares e pagamento de
funcionários. Até ontem, o dinheiro - R$ 2,5 bilhões para todo país -
não havia caído na conta dos Estados e dos hospitais que recebem
diretamente o valor. O prazo era o quinto dia útil de dezembro.
Em Minas, R$ 58 milhões esperados para custear serviços médicos de
média e alta complexidade de 794 municípios não foram depositados pelo
Ministério da Saúde. "Até agora não recebemos o repasse do mês. Esse
dinheiro paga as internações, os procedimentos ambulatoriais, compra de
materiais, medicamentos e alimentos, e 76 hospitais já estão em risco de
transtorno por falta da verba", alertou a superintendente de Regulação
da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Vânia Drummond.
As outras 59 cidades do Estado, incluindo a capital, são autônomas na
gestão da verba e também esperam a verba que recebem diretamente do
Ministério da Saúde. Belo Horizonte depende dos R$ 57 milhões da União
para dar continuidade ao funcionamento de todos os programas públicos de
saúde.
O motivo do atraso, segundo a assessoria do ministério, é a
espera pela aprovação de um decreto que acrescenta R$ 500 milhões aos R$
2 bilhões já garantidos para o SUS, totalizando, assim, os R$ 2,5
bilhões. "Ou a Fazenda libera tudo ou não libera nada", explicou a
assessoria.
"Qualquer atraso nos atrapalha muito, principalmente na aquisição dos
medicamentos, pois não trabalhamos com estoque. Trabalhamos com
reposição mensal", explicou a médica Luciana Gouveia Viana, diretora
clínica do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais
(UFMG), instituição que, por mês, recebe da União cerca de R$ 7,5
milhões.
A assessora técnica da Associação dos Hospitais de Minas Gerais,
Gianni Lara, disse que hoje notificará formalmente a União pelo atraso,
exigindo providências em 24 horas. "Já encaminhamos ofício para Brasília
pedindo o repasse urgente da verba pa
ra todo o Brasil. Sem dinheiro, os
hospitais não podem funcionar".
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