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Síndrome de Asperger tem relação com o autismo, mas a condição não afasta indivíduos do convívio social

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17062011

Mensagem 

Síndrome de Asperger tem relação com o autismo, mas a condição não afasta indivíduos do convívio social Empty Síndrome de Asperger tem relação com o autismo, mas a condição não afasta indivíduos do convívio social




Síndrome popularizada por personagens como Sheldon Cooper, do seriado The Big Bang Theory, faz parte dos transtornos do espectro do autismo e impacta a forma como o indivíduo se comunica e interage socialmente.


Síndrome de Asperger tem relação com o autismo, mas a condição não afasta indivíduos do convívio social Autismo-NTnva
Imagem fonte:http://4.bp.blogspot.com/_b8-_WXBDk64/SwxrTflwaZI/AAAAAAAAAGg/syJyOADUcBw/s1600/autismo-NTnva.jpg
Dificuldades
em conversar, interagir em ambientes sociais e ter áreas de interesse
muito específicas – envolvendo comportamentos repetitivos e redundantes –
pode indicar uma condição conhecida como Síndrome de Asperger, uma
variação mais branda dos chamados transtornos do espectro do autismo
(TEA), condição que atinge uma em cada mil crianças no mundo todo.

“O diagnóstico dos TEA é feito a partir de três áreas bastante
afetadas nos indivíduos com autismo: comunicação, interação social e
comportamentos repetitivos restritos. Importante salientar também que
esses indivíduos têm, na grande maioria dos casos, níveis intelectuais
comprometidos. E essa é a grande diferença para os chamados ‘aspergers’:
eles não necessariamente têm atrasos no desenvolvimento cognitivo”,
explica Julianna Di Matteo, psicóloga e pesquisadora do tema, que
trabalha com o Grupo de Saúde Mental da Associação para Valorização de
Pessoas com Deficiência (Avape), ligado ao Projeto Distúrbios do
Desenvolvimento do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo
(IPq/USP).
Os indivíduos aspergers não só não têm dificuldades cognitivas, como
também podem se destacar em algumas áreas do conhecimento justamente por
causa da característica que acompanha os TEA, ou seja, os
comportamentos repetitivos. O repertório é restrito, mas aprofundado
para determinados temas.
“Quando eles têm um objeto de interesse, o foco de atenção é bastante
alto nos detalhes desses objetos. Se for a matemática ou datas, por
exemplo, eles acabam se tornando uma espécie de ‘experts’ nessas áreas. A
mesma coisa acontece com outros objetos mais concretos, como a mecânica
de um automóvel, digamos”, exemplifica a especialista.
Os aspergers também têm um maior nível de interação social do que os
indivíduos com autismo. A dificuldade ainda é presente, mas apesar disso
as condições para essa interação são maiores. “O que pode acontecer é
eles interagirem de uma forma diferente como, por exemplo, apresentarem
trejeitos físicos ou na linguagem – falar de forma prolixa ou com uma
entonação diferente – que fica nítido para o interlocutor e que chama a
atenção”, diz a especialista.
Q.I. acima da média?Por causa dessa facilidade em se aprofundar em determinados temas de
interesse, é comum que se associe a Síndrome de Asperger a uma maior
inteligência. Não é bem assim, diz Di Matteo. O que acontece é que o
desenvolvimento intelectual dos aspergers segue a mesma linha do
observado nos indivíduos sem a síndrome, ou seja, há variações diversas.
“Como a síndrome não está associada necessariamente a uma perda
cognitiva, eles podem desenvolver inteligência mediana ou acima da
média. Mas a síndrome não é uma determinante para isso.”
Essa associação a um Q.I. elevado vem, principalmente, de personagens
que se tornaram notórios na vida real ou na televisão. O caso da
pesquisadora Temple Grandin – conhecida no Brasil principalmente por ser
a “inventora da máquina do abraço” e cuja vida virou uma série premiada
em um canal pago americano, estrelada pela atriz Claire Danes – é um
desses. Mas talvez o mais popular seja o personagem Sheldon Cooper, um
dos astros da série The Big Bang Theory.
“Se Sheldon fosse uma pessoa real, poderíamos dizer que ele tem
traços bastante indicativos de Asperger. A dificuldade dele em
reconhecer sutilezas na hora de se comunicar – como expressões faciais
ou então quando há sarcasmo nas frases – e a tendência de levar tudo o
que se fala ‘ao pé da letra’, são características da síndrome. O foco
intenso na sua área de atuação também poderia ser outro indicativo”,
afirma a psicóloga.
Distância emocional
Outro lugar-comum quando o assunto é o TEA e, consequentemente, a
Síndrome de Asperger, é quanto à dificuldade desses indivíduos
estabelecerem laços emocionais. Mas não se deve deixar enganar. Apesar
da falta de contatos nos olhos e da comunicação difícil – os assuntos
normalmente giram em torno daquilo que eles gostam –, os autistas e
aspergers também têm grande afeição pelas pessoas próximas. “No caso dos
aspergers, eles lidam bem com o fato de ficarem sozinhos. Mas deixam
claro o que sentem pelos familiares, por exemplo. Eles verbalizam essa
identificação com as pessoas, mas são pragmáticos e lidam bem com as
situações emocionais”, diz Di Matteo.
Por conta de tudo isso, os indivíduos com Asperger também podem –
caso desejem – ter uma rotina normal, inclusive aquelas ligadas ao
trabalho. “Mas eles têm certa dificuldade de lidar com a pressão – pois
não são flexíveis e podem se desorganizar – e de fazer algo que não seja
de sua área de interesse. Nesses casos, uma comorbidade identificada
pelos pesquisadores aqui na Avape foi o aparecimento de transtornos
depressivos. Isso ainda é uma hipótese e estamos trabalhando para
identificar exatamente como isso acontece. Estamos trabalhando para
coletar dados que comprovem essa comorbidade e gerar pesquisas
científicas na área para chegar a conclusões confiáveis”, finaliza
Juliana Di Matteo.
Fonte: http://www.enfermagemesaude.com.br/noticia/noticias/3946/sindrome-de-asperger-tem-relacao-com-o-autismo-mas-a-condicao-nao-afasta-individuos-do-convivio-social
Pâmela Patrícia
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